Orloff Five

Sábado rolou no Via Funchal o festivalzinho que abriu a temporada de festivais do segundo semestre aqui em Sampa. Que venham as baladas!

***

Eu sai de lá achando que tinha viajado no tempo. Achei que com o tempo passando, cada vez fosse ver menos pais esperando os filhos no saída dos shows. Mas me diverti com a fila de pais entediados do lado de fora.

***

E eu não sei por quê, mas um dos roadies dos shows estava de sunga. Só de sunga.

***

Cheguei lá a tempo de ouvir um pouco do Vanguart: Folk rock depretensioso para pouca gente.
Logo depois, para minha surpresa, subiu no palco o bizarro Melvins, que não estava lá pra fazer amigos. Tocaram pouco mais de uma hora e só se dirigiram ao público para dar uma bronca, depois que um copo de cerveja voou em homenagem ao hino nacional norte americano, que acabava de ser executado pela banda. Completamente desncessário. Mas, pelo menos, já posso colocar no meu currículo que vi o Melvins ao vivo.

***

Depois foi a vez das Plasticines: quatro menininhas francesas, que curtem moda e tocam um pouquinho. Show muito mais para os olhos do que para os ouvidos. Tentaram em várias línguas se comunicar com o público mas sem sucesso: os pedidos de Katty (vocal e guitarra) para o público soavam como ordens e passavam prepotência. O povo queria mesmo era o Hives.

***

Por fim, The Hives. Howlin’ Pelle Almqvist, o vocalista, mais do que a vontade no palco, fez de tudo para animar o público e conseguiu. Abusou do português e das brincadeiras, fez todo mundo pular e me ensinou como se comporta um punk gay em cima do palco, com a platéia na mão.