Interpol

Praa quem está em cima do palco, tocar é trabalho. Em todos os sentidos, inclusive nos ruins, que convenhamos, nessa profissão, não são poucos. Viajar e viajar sem parar enche o saco. Tem até música sobre isso. E ser músico deve ser uma das profissões mais maçantes do planeta.
Pelo menos foi isso que os caras do Interpol deram a impressão no show que fizeram aqui em Sampa. Em sua primeira apresentação no Brasil, sem empolgação, sem animação e sem parecer, inclusive, gostar das próprias músicas, eles fizeram seu trabalho e foram embora, só isso.
Pra completar a noite, Cachorro Grande foi a escolhida para abrir a noite. Respeito os caras por terem um som tão característico, mas estou longe de apreciar a gritaria do Beto Bruno.

Eu voltei no tempo

Em 1985, o Iron Maiden lançou o disco ao vivo Live After Death, gravado durante a turnê iniciada no ano anterior, a maior da banda até o momento. E é difícil encontrar alguém que goste de Heavy Metal e não tenha, ao menos, respeito pelo cd.
Domingo passado, uma legião de fãs se dirigiu ao Parque Antartica para ver o show que queria ter visto uns 15 anos atrás.


Pouco antes do show começar, uma chuva torrencial lavou o estádio do Palmeiras e refrescou a galera que estava espremida na pista. Mas praticamente nenhuma menina precisou se preocupar em ver se a sua camiseta tinha ficado transparente. Camiseta preta era praticamente um uniforme pra quem foi.
Assim como o CD, o show começou com um discurso do presidente americano Winston Churchill, emendando com Aces High. Em seguida, cinco clássicas que fizeram uma amiga que me acompanhou ao show ficar com taquicardia: 2 Minutes to Midnight, Revelations, The Trooper, Wasted Years e Can I Play With Madness.
Algumas músicas tiverem intervalos bem grandes no começo do show, vezes pela falação do empolgado Bruce Dickson, vezes pelo que me pareceu algum problema técnico, provavelmente causado pela chuva.
Num dos seus discurso, Bruce garantiu que o Iron Volta ao Brasil em um ano, com um show com muito mais explosões e "big things".
Explicando que a música vinha de um antigo poema inglês, eles continuaram a fazer gente grande chorar e gritar com Rime of the Ancient Mariner, Powerslave, a clássica The Number of the Beast e Heaven Can Wait.
Durante o show, Bruce se mostrou realmente impressionado e agradeceu pelos ingressos antecipadamente esgotados em todos os shows do Brasil.
Saindo do repertório que fez parte do cd ao vivo de 85, tocaram Fear of the Dark, de 1992. Depois vieram Run to The Hills, um dos momentos altos do show, e Iron Maiden, quando o mascote Eddie entrou no palco, arrancando gritinhos estéricos da minha amiga de 31 anos, como se sela ainda fosse adolescente.
E fecharam o show tocando no bis Moonchild, Clairvoyant e Hallowed be thy name.

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Vendo o Iron Maiden no palco dá pra entender por que 40 mil pessoas foram tomar chuva e ouvir música velha ao preço médio de uns R$100. Os caras são foda. Em especial o sr. Bruce Dickson que impressiona por cantar com a mesma qualidade de 20 anos atrás.

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O papo da taquicardia é a mais pura verdade.

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E esse foi meu segundo terceiro show de rock da arquibancada (quando fui comprar, a pista já tinha esgotado), e toda vez que vou tenho certeza que a pista é melhor.

Stone Temple Pilots de volta

Slash, ex-quitarrista do Guns 'n' Roses, e que hoje toca no Velvet Underground, disse ao site da Billboard que Scott Weiland irá se juntar aos seus ex-companheiros do Stone Temple Pilots para alguns shows da banda durante o verão da Europa. Isso é claro, se ele estiver vivo até lá.


Comece a torcer para os caras passarem por aqui ouvindo um dos melhores sons deles, Plush.