Ozzy, Korn e Black Label Society


Primeiro, preciso falar da tal da Pista VIP.
Pra fazer uma grana em cima de quem tem mais grana, o pessoal que organiza shows está isolando a área da frente da pista para quem pode pagar mais.
Lembro que no TIM Festival, a tal da pista VIP foi bem criticada pois, pelo que eu li, o público lá - formando principalmente por VIPs - estava bem morno, sem estar muito interessado na música. E é fácil de entender por que nenhuma banda vai gostar disso. Mas não sei se foi isso mesmo, por que não estava lá.
No Ozzyfest que rolou no Parque Antartica no sábado passado, não foi bem assim.
O público lá da frente estava bem animado e posso dizer por que eu era um deles. E a conveniência de chegar 10 minutos antes do show e ficar a 20 metros do palco e poder ir comprar uma cerveja e voltar pro lugar numa boa, vale muito a pena.
O Black Label Society, do famigerado Zakk Wylde, começou a tocar minutos antes do horário marcado. E dá pra entender toda a fama do cara, ele é foda. Som pesado da melhor qualidade. Destaque para Suicide Messiah, que não saiu da minha cabeça por uns três dias. Infelizmente, como o tempo era curto, eles não tocaram nem por uma hora.
Depois disso, o Korn subiu ao palco. Não sou muito fã do dom dos caras e confesso que a morena do meu lado me chamou mais atenção do que o show em si. Logo depois que subiu no palco, Jonathan Davis, vocalista do Korn, fez questão de agradecer ao Ozzy pela chance que o Korn teve de tocar no verdadeiro Ozzy Fest, lá nos EUA.
Mesmo com uma animação empolgante em cima do palco, Korn era o patinho feio do dia. Até no show anterior a platéia se mostrou mais interessada. Acho que percebendo isso, Jonathan agradeceu mais de uma vez aos "fãs do Korn" que estavam lá.
Depois, veio a lenda. E ver o show de uma lenda viva é diferente. Me parece que preocução da platéia e mais de prestar um tributo ao cara do que qualquer outra coisa. Foi mais ou menos assim com o Iggy Pop, no Claro que é Rock. Mas com o Ozzy foi ainda mais notável.
Ozzy repetiu a exaustão algumas frases e gestos. Gritava "Go fucking crazy!" e enquanto a banda tocava, pegava baldes cheios de água no canto do palco e jogava na galera. Gritava "Ole ole ole" e esperava a resposta do público: Ozzy! Ozzy!
Mas, entre uma palhaçade e outra, ele cantou músicas como No More Tears, War Pigs, que foi muito foda, Iron man, Paranoid e Mr. Crowley. Não dava pra reclamar.

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