É uma equação bastante simples: eu, por, exemplo, escrevo sobre música (shows, discos, bobagens) de duas a quatro vezes por semana. Vamos pegar a média, três, e multiplicar por 52 semanas e teremos mais de 150 textos de música publicados em um ano (às vezes mais, às vezes menos). Esse número pressupõe que seu cérebro, acostumado a tudo que você ouviu e escreveu durante certo período, consiga mensurar qualidade com base na comparação às coisas que sugerem análise.
Curto e grosso ao ponto: uma pessoa que diz maravilhas do show do KaiserChiefs é:
1) Fã
2) Não tem base de comparação
3) Gostaria de qualquer show, pois gostar faz parte.
4) Não tem opinião
5) Todas as alternativas.
Não há nenhum problema em se encaixar em alguma dessas alternativas desde que você saiba disso (ok, há um problema na 4, pois pessoas sem opinião podem ser manipuladas, e o mundo precisa dessa opinião, certa ou errada, para gerar conflitos e acordos). O que mais incomoda, no entanto, é a deterioração do valor dos adjetivos. Até parece que tudo é maxi, mega, super sensacional e catártico, porém, se o show do KaiserChiefs é catártico, o que dizer do show do R.E.M.?
Leia a íntegra, aqui.
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